Expressão imuno-histoquímica da vimentina e do HHF-35

Expressão imuno-histoquímica da vimentina e do HHF-35 em fibroma de células gigantes, hiperplasia fibrosa e fibroma da mucosa oral das vida e sem predileção por gênero ou raça1,3,6. A localização mais comum é a mucosa bucal, especialmente a lábio, língua, palato mole e gengiva7,10. O fibroma de células gigantes apresenta-se clinicamente como um nódulo indolor, de crescimento lento, de cor rosada ou branco-rosada e com superfície smooth. O diagnóstico diferencial inclui outras lesões fibrosas, como o fibroma simples, hiperplasia fibrosa e os tumores benignos e malignos, como os ossifying fibromas e sarcomas fibrosos1,4,8. A hiperplasia fibrosa, por sua vez, é uma condição mais comum, caracterizada pelo aumento anormal do tecido conjuntivo, geralmente relacionada a fatores irritativos locais. Ela pode ser uma resposta reparadora a lesões traumáticas, inflamatórias ou infecções, podendo evoluir para fibroma se não for tratada adequadamente3,9. O fibroma, por outro lado, é uma lesão fibrosa benigna e autônoma, resultando de um crescimento excessivo de células fibroblásticas. É frequentemente encontrado na mucosa bucal, mas também pode ocorrer em outras partes do corpo, como a pele e os tecidos subcutâneos6,11. O estudo proposto investigou a expressão imuno-histoquímica da vimentina e do HHF-35 (antibiótico contra a actina de músculo) em três tipos de lesões fibrosas orais: fibroma de células gigantes, hiperplasia fibrosa e fibroma. A vimentina é um proteína de filamento intermedio encontrada em células mesenquimais, enquanto o HHF-35 é específico para a atina muscular, permitindo distinguir células musculares de outras células fibrosoas1,12. A imunohistoquímica é uma técnica utilizada na análise de amostras tisulares, onde anticorpos específicos são aplicados para identificar proteínas específicas em células ou tecidos. Neste caso, os autores procuraram avaliar se as células gigantes, que são característicos do fibroma de células gigantes e podem estar presentes em outros tipos de lesões fibrosas, expressam essas proteínas13. Os resultados mostraram que a maioria dos casos apresentou imunorreactividade positiva para a vimentina, sugerindo que essas células possuem um fenótipo fibroblástico. Isso pode ser importante para entender melhor o papel dessas células no desenvolvimento e progressão das lesões fibrosas orais14. No entanto, a expressão do HHF-35, que normalmente marcaria células musculares, foi menos comum, indicando que as células gigantes nessas lesões não são derivadas do miosse, reforçando sua natureza fibroblástica. Esses achados podem contribuir para a compreensão da morfogênese e biologia destas lesões, além de ajudar no diagnóstico diferencial e na definição de tratamentos mais específicos15. Em resumo, este estudo investigou a expressão das proteínas vimentina e HHF-35 em três tipos de lesões fibrosas orais: fibroma de células gigantes, hiperplasia fibrosa e fibroma. A detecção de vimentina em células gigantes sugere seu papel no processo fibroso, enquanto a falta de expressão de HHF-35 indica que essas células não possuem características musculares. Esses resultados深化am nosso conhecimento sobre a biologia destas lesões, ajudando a distingui-las entre si e orientando o manejo clínico adequado.